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Mulheres grávidas enfrentam riscos de Covid-19 mais grave, dizem estudos divulgados pelo CDC

Por Redação 16/11/2020

O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão dos Estados Unidos, divulgou estudos na segunda-feira que são categóricos ao afirmarem que mulheres grávidas com coronavírus têm maior probabilidade de desenvolver uma forma grave da doença, morrer de Covid-19 e dar à luz prematuramente.

Mulheres grávidas que contraem o coronavírus têm maior probabilidade de desenvolver uma forma grave da doença, morrer de Covid-19 e dar à luz prematuramente, de acordo com novos estudos divulgados nesta segunda-feira pelo CDC, Centers for Disease Control and Prevention, órgão de prevenção de doenças dos Estados Unidos. O risco geral, em comparação a idosos, permanece baixo, enfatizou o CDC, mas as mulheres grávidas enfrentam um risco “significativamente maior” de consequências graves. “As medidas para prevenir a infecção por SARS-CoV-2 devem ser fortemente enfatizadas para mulheres grávidas e suas famílias durante todos os encontros médicos, incluindo consultas de cuidados pré-natais”, afirma o Dr. Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista obstetra especialista em reprodução humana e membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).

Em uma análise de aproximadamente 400.000 mulheres de 15 a 44 anos com Covid-19 sintomático, o relatório observou que a admissão à unidade de terapia intensiva, ventilação invasiva, oxigenação por membrana extracorpórea e morte foram mais prováveis em mulheres grávidas do que em mulheres não grávidas.

Segundo o relatório do CDC, o tratamento intensivo era “particularmente notável” entre as mulheres asiáticas e nativas do Havaí e das ilhas do Pacífico. Além disso, as mulheres hispânicas tinham mais do que o dobro do risco de morte. “Mulheres grávidas com idades entre 35-44 anos também tinham 4 vezes mais probabilidade de necessitar de ventilação e duas vezes mais probabilidade de morrer do que mulheres não grávidas em sua faixa etária”, afirma o médico. “Quando há uma comorbidade associada, como obesidade, diabetes e pressão alta, o risco de ter Covid-19 grave ou crítico é maior”, explica o Dr. Rodrigo.

Em um relatório separado, a equipe escreveu que partos prematuros também foram mais comuns entre mulheres grávidas com Covid-19 durante março a outubro. Entre 3.900 nascidos vivos com idade gestacional conhecida, quase 13% eram prematuros ou nascidos com menos de 37 semanas. Em 2019, cerca de 10% dos nascidos vivos eram prematuros. “Além disso, entre os 610 bebês com resultados do teste Covid-19, 2,6% tiveram um teste positivo. A infecção infantil foi mais comum entre as mães com teste positivo para Covid-19 uma semana após o parto”, explica o médico.

Mais de 84% dos relatos vieram de infecções por Covid-19 no terceiro trimestre, segundo o CDC, então mais pesquisas são necessárias para entender os efeitos da infecção por Covid-19 durante o início da gravidez. Em geral, as mulheres grávidas e seus familiares devem seguir medidas de saúde pública para retardar a disseminação do coronavírus.

Medidas de prevenção – As gestantes, puérperas e os familiares devem tomar as mesmas medidas de precaução amplamente divulgadas na mídia para redução do contágio da doença. “É necessário evitar contato próximo com pessoas apresentando infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos (pelo menos 20 segundos), especialmente após contato direto com pessoas, superfícies e antes de se alimentar; se não tiver água e sabão, usar álcool em gel 70%, caso as mãos não tenham sujeira visível; evitar colocar a mão no rosto; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes limpos (com detergente, água sanitária e álcool de limpeza) e bem ventilados”, diz o Dr. Rodrigo Rosa. “Se a paciente tiver sintomas como falta de ar ou febre, ela deve procurar ajuda médica”, finaliza o obstetra.

FONTE: *DR. RODRIGO DA ROSA FILHO: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.

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