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É na crise que uma marca mostra sua força.

Por Redação 03/10/2019

Enquanto muitos mercados enfrentavam dificuldades financeiras por conta da conjuntura econômica, a House Decor, sob a liderança de Alan Ayres, conseguiu abrir novos rumos, expandir a loja e a gama de serviços. “Onde as pessoas veem problema, eu vejo oportunidade”, ensina o empresário.

Mesmo em meio aos últimos anos conturbados e às constantes crises observadas na economia nacional, a HouseDecor decolou, expandiu seu espaço (e sua gama de serviços e soluções), consolidando-se como uma das maiores empresas de decoração do cenário da Baixada Santista. “Eu não quero que a House Decor seja uma simples loja.

Quero que minha marca esteja na lista de desejo dos meus consumidores”, conta o empresário Alan Ayres, um líder que desde o começo foi um apaixonado — e deixa a todo momento isso transparecer. “A House Decor é o sonho do Alan; é meu filho mais velho, tem 10 anos, enquanto o Arthur tem 7.

Essa marca tem todo meu amor, meu sentimento e meu sonho”, declara. Comemorando uma década, a empresa oferece inúmeras soluções em uma gama de produtos (papel de parede, revestimentos, iluminação, decoração e planejados) que só foi crescendo mesmo quando o mercado estava apertando o cerco com relação a novos investimentos.

Ousadia e coragem sempre foram palavras de ordem para o empresário. Mas, claro, tudo com muito planejamento – herança dos 9 anos no exército, onde sempre aprendeu a traçar metas e objetivos, planejando para fazer acontecer.

A House Decor surgiu da observação de uma necessidade em atender bem arquitetos, designers e decoradores. “Todo mundo falou para eu não fazer, uma vez que eu já tinha a minha ocupação como representante comercial, em que eu tinha destaque e estava bem. Mas eu não procuro dinheiro. Se eu quisesse dinheiro, ele estava aplicado no banco em investimentos. Minha ideia é sonho”, diz o empresário. E a partir daí, deu o pontapé inicial.”Nós tínhamos uma loja bem simples no Centro de Santos, em que fabricávamos persianas. Eu fiz meu primeiro apartamento quando casei e tive muitos problemas com as persianas e como estava buscando comprar algo nessa época, comprei uma máquina e um montão de rolo de tecido velho. Contratei dez funcionários. O acordo que fiz com eles é que quem fosse bom funcionário e se dedicasse ficaria comigo na empresa e até hoje duas pessoas continuam comigo. Isso foi por volta de 2005″, diz.

Com investimento alto em publicidades televisivas (muito maior que o faturamento da empresa), o negócio foi conseguindo bons resultados e, então, mudaram para a Ana Costa em uma loja que se chamava A Persiana, que Alan vendeu para uma colega há alguns anos atrás. “Nessa época da loja, introduzimos outros produtos além da persiana, como porcelanato, box, espelho. Fomos crescendo e fornecendo para órgãos públicos e, como sempre tivemos uma excelente prestação de serviços, atendimento e entrega, muito compromisso com a pontualidade, pós-venda excelente, tudo isso chamou a atenção dos clientes de Santos”, explica.

Depois de alguns anos, com o faturamento sempre esbarrando no teto, Alan decidiu que era hora de alçar novos voos, então encontrou o atual imóvel e começou a House Decor, 10 anos atrás. “Eu precisava de um outro local, com mais conforto, maior, em um espaço onde as pessoas consumiriam esse produto (próximo ao Gonzaga e o Canal 3). E desde o primeiro mês, o nosso faturamento já foi melhor que o do espaço antigo”, afirma.

A ideia da expansão no espaço e na gama de soluções oferecidas pela empresa tem relação com o estilo de Alan. “Eu nunca gostei de caminhos mais rápidos, curtos e nada muito imediato. Eu gosto de oportunidades difíceis, de coisas realmente para poucos”. Foi o desafio que o moveu, mas o planejamento estava na base de tudo: “É difícil você ter a confiança de alguém, mas quando você adquire, você pode oferecer outra coisa, que ela vai considerar. E é isso que fizemos na HouseDecor: começamos com a parte de iluminação, veio a oportunidade de trabalhar com revestimento, que é algo complementar, porque muitas vezes o cliente não queria o laminado, o vinílico ou o papel de parede, então o revestimento frio, porcelanato, atende muito bem. E depois veio o complemento com a parte de metais. E como tínhamos espaço, decidimos por móveis planejados, que requer bastante zelo”, diz Alan.

Essa confiança foi conquistada por meio do atendimento da loja. E o empresário sempre deu o maior valor ao seu capital humano. “Pessoas são a parte mais importante. Máquina você compra, prédio você constrói, mas gente é o que tem de mais caro e mais difícil. É o diferencial”, afirma ele, que na liderança sempre tentou compreender que as pessoas são diferentes e cada um tem seu limite. “Sempre busquei fazer mais do que eu cobrei. Tento mostrar com humildade e exemplo. A palavra convence, o exemplo arrasta”, diz ele. “E, apesar de ser familiar, a House Decor traz muitas coisas de empresas grandes que eu represento e que eu atendo. Eu tenho uma gestão mais profissional e descentralizadora. Damos autonomia, passamos confiança para todos os colaboradores (hoje são 30), com regras claras bem definidas, para que a empresa tenha bastante velocidade. O resultado vem de todo esse trabalho, não só meu e da Elen (irmã e gerente), mas de todos os colaboradores que fazem parte nesse negócio”, elogia.

Ainda sobre seu estilo de liderança, Alan diz colocar em prática tudo que não tem nas empresas que representa. “Todo meu amor, meu suporte, alegria. Esse aqui é meu grande laboratório. Eu me provo que as coisas que os outros não fazem podem

dar certo no meu negócio, então é muita alegria, muita vibração e muito compartilhamento”, diz.

O empresário reconhece que fez muito pela marca. “Temos empresas na cidade que tem 20, 30, 50 anos. Se eu não investisse na minha marca, eu não conseguiria ganhar tanta força com tanta velocidade, principalmente na crise, que foi o período em que mais investimos em marca. E não só em marca, mas em relacionamento, porque marca para mim não existe sem relacionamento. O negócio fica frio, inatingível”, explica ele. “E é por isso que, mesmo na crise, as pessoas preferiam minha empresa. A crise é uma excelente oportunidade. É a hora que você tem para avançar”, enfatiza. “Nosso país é assim: oferece dificuldades e oportunidades. Eu não estou preocupado com a descida, eu estou de olho na subida. Até porque eu tenho medo de altura e prefiro não olhar para baixo”, brinca o empresário. Onde as pessoas veem problema, Alan vê oportunidade.

Por fim, sua maior satisfação é sair na rua de cabeça erguida, sabendo que faz um bom trabalho e buscando um caminho diferente da maioria. “Para mim, a maior riqueza é o respeito, a consideração pelo meu trabalho e andar na rua e não ser apontado como desonesto”, finaliza.

REPORTAGEM:VALÉRIA GUAZZALOCA
TEXTO:GUILHERME ZANETTE|FOTOS:PAULO SHIBUKAWA

 

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