Basta um “segundo”…

Por 14/05/2015

Por: Clara Monforte

… apenas, para tudo se transformar. Essa é a mais verdadeira das constatações e só quem passa por uma mudança radical de vida, ainda que por um pequeno período, pode compreender e concordar com tanta certeza que deposito nessa afirmação.

Planos a longo prazo são feitos e, em fração de segundos… desfeitos. Ao acordar, organizamos o dia com todos os detalhes, na certeza de que nossos objetivos serão cumpridos a contento. Que nada! Um “segundo” é o suficiente para tudo desmoronar.

O que é isso? Que insegurança é essa que faz do minuto seguinte de nossas vidas uma incógnita? Será possível vivermos somente o instante presente, sem pensarmos jamais nos sessenta segundos subsequentes, para não sermos surpreendidos? Óbvio que não!

Agora, é tão tênue a linha entre o mal e o bem OU entre o bem e o mal que a metamorfose torna-se apavorante. Os imprevistos são por demais ocultos… E, como tal, incompreensíveis!

A palavra da ordem é, mais uma vez… coragem! Encarar o “segundo” seguinte, seja ele de que natureza for, com as consequências decorrentes, é imperioso! Ter a convicção de que tudo nessa vida é mutável… É decisivo! Da mesma maneira que o dia torna-se noite e esta se faz dia, da mesma forma que a luz transforma-se em trevae vice-versa e, sobretudo, da mesma maneira que em um “segundo” a vida pode desaparecer… O “segundo” seguinte também pode oferecer uma felicidade inesperada, uma alegria incrível, a realização de um sonho ou de um prazer!

Quanto tempo leva para os olhos se cruzarem com os de outra pessoa? Apenas um “segundo”, com certeza. Pronto! Nasceu o amor e, com ele, a eterna lembrança daquele mínimo “segundo”. Lá veio, então, a tal da transformação inesperada na vida daqueles que se tornaram amantes e, até ali, o coração estava frio e apático.

Faz-se importante enfrentar o “segundo” seguinte, venha como vier, com dor ou com amor… ele, o referido “segundo”, é só nosso e ninguém pode vivê-lo por nós!