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Dia Mundial da Atividade Física

Por Redação 05/04/2022

 Por que fortalecer as pernas virou, mais do que nunca, uma forma de prevenir doenças.

Enquanto a incidência de trombose chega a ser três vezes maior em quem sofreu com casos graves de Covid-19, a imobilidade e o sedentarismo crescente durante o isolamento também aumentou disfunções vasculares, que podem ser prevenidas com exercícios e boa dieta.

Em 06 de abril é comemorado o Dia Mundial da Atividade Física. E, quando o assunto são exercícios, as pernas devem receber grande parte da atenção, principalmente agora, já que, devido a pandemia, a saúde das pernas foi severamente impactada principalmente por três motivos: sedentarismo, má alimentação e a própria sequela de quem se recuperou da doença. “Pacientes que tiveram Covid-19 podem sofrer com trombose semanas ou meses após a infecção, de modo que a incidência chega a ser três vezes maior em quem experimentou casos severos da doença. É fundamental procurar um médico cirurgião vascular após a recuperação da doença, mesmo em casos menos graves. Na trombose, um coágulo sanguíneo se desenvolve no interior das veias das pernas devido à circulação inadequada, impedindo assim a passagem do sangue. O problema geralmente se manifesta como um quadro de dor na perna, principalmente na panturrilha, associado a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão o que vai levar quase sempre à procura de ajuda médica. Em casos mais raros, o coágulo pode ainda se desprender da parede da veia e correr pela circulação até chegar ao pulmão, causando uma embolia pulmonar que pode resultar até mesmo em morte súbita”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. “E esse efeito a longo prazo da Covid-19 independe da gravidade da doença, pois, em consultório, observamos a incidência de trombose tanto em pacientes que apresentaram graves sintomas quanto naqueles que foram assintomáticos”, alerta a médica, que orienta um check-up vascular com exames, exercícios físicos, e, se necessário, uso de meia elástica de compressão para .

Mas além dessa doença, a saúde das pernas também foi castigada por diversos fatores, dentre eles a imobilidade e a dieta, relacionados ao surgimento de alguns problemas, principalmente por conta da falta de estímulos à circulação. No caso da dieta, três alimentos em excesso podem fazer muito mal para o funcionamento da circulação: o sal, o açúcar e a gordura de má qualidade. E, acredite, existem muitos alimentos ultraprocessados que conta com os três em alta quantidade. “Além de usar o saleiro, a maioria dos produtos industrializados tem o sódio adicionado para melhorar sua conservação. Então, no geral, o brasileiro consome muito mais sal do que deveria, em média 12g ao dia, quando o ideal seria no máximo 5g para pessoas saudáveis”, diz a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia. “O sal favorece a retenção de líquidos, provoca inchaço e aumenta a pressão sobre os vasos sanguíneos e deixa o sangue mais denso, pesado, podendo favorecer a formação de coágulos”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita. Também devemos tomar cuidado com doces light e refrigerantes, pois geralmente contém muito sódio. “Quando se fala em sódio, as pessoas automaticamente pensam em salgados e, em boa parte da população, o consumo excessivo está nos doces e produtos industrializados”, afirma a médica nutróloga. Já quanto ao açúcar, o grande problema do seu consumo excessivo é a liberação de produtos finais da glicação avançada, conhecidos como AGEs. “Estes AGEs, além de se ligarem ao colágeno da pele e provocarem envelhecimento, se fixam também no colágeno que temos na parede dos vasos sanguíneos, causando danos que aceleram o processo de formação de placas de colesterol e entupimento nas artérias. Os AGES colam na parede arterial através de receptores na membrana e, por causa deles, ocorre uma reação que vai causar espessamento, endurecimento e enrijecimento das paredes dos vasos no corpo inteiro, aumentando as chances de doença aterosclerótica, infarto e derrame”, diz a cirurgiã vascular. Fique de olho também em alimentos ricos em gordura hidrogenada “trans”. Estão cheios desse tipo tipo de gordura os fast-foods, sorvetes industrializados e bolos. Esse tipo de gordura retarda a circulação e pode agravar a inflamação dos vasos sanguíneos.

Para manter uma boa saúde vascular, também é indicada a prática de exercícios físicos. Andar, correr, pular corda ou até mesmo tentar malhar em casa. O importante é começar! Para os mais experientes, com a falta de pesos, o ideal é buscar exercícios que possam ser feitos com o peso corporal, buscando fazer o movimento até a ‘falha’. “No caso das flexões de braço e agachamentos, pode ser variado o estímulo, utilizando técnicas de ‘tempo’ e isometria, mantendo o músculo acionado por mais tempo”, explica a médica nutróloga. Em vez de simplesmente agachar e voltar ao normal, tentar segurar nessa posição por 20, 30, 45 segundos ou 1 minuto por ser mais eficiente. “Após o término do exercício também há a necessidade da ingestão de carboidratos para a reposição de glicogênio muscular e hepático”, diz a médica. Vegetais também são importantes, porque contêm vitaminas e minerais, que ajudam na recuperação do organismo depois dos exercícios. Lembre-se também de ter um bom descanso. “Dormir as 8 horas por dia é indispensável. Além de ajudar a manter a massa magra e regenerar as fibras musculares, o nosso organismo precisa desse descanso reparador para a manutenção das respostas imunes”, acrescenta a Dra. Marcella.

Quem teve Covid-19 e está sofrendo com a perda de massa muscular e fraqueza também deve, com ajuda profissional, movimentar as pernas. “É indicado um programa regular de exercícios estruturados com elementos aeróbicos e de resistência, além de garantir a reposição de líquidos e eletrólitos, e seguir uma essencial orientação dietética, com aporte adequado de proteínas, carboidratos e gorduras. Para pacientes que apresentaram casos graves da doença, a recuperação da massa muscular, além de sessões de fisioterapia e exercícios físicos orientados, requer aumentar o aporte de proteínas, calculadas de acordo com as necessidades individuais, inseridas em um plano alimentar. As principais fontes proteicas são as carnes, ovos, laticínios e leguminosas. No caso de não atingir o aporte proteico mínimo, suplementos podem ser indicados, sempre após o jantar, para não impactar no apetite. O principal benefício é a recuperação da massa muscular, mediada por fisioterapia e atividade física”, explica a Dra. Marcella. No caso dos suplementos, eles também podem ser indicados. “A clássica creatina, que atua também reduzindo o dano muscular pela regulação da expressão gênica da fibra muscular, resposta inflamatória, estresse oxidativo e homeostase do cálcio, pode ser combinada com Osteosil (Silício Orgânico e fósforo), responsável pela modulação do cálcio e magnésio ambos importantes para o metabolismo muscular, reestruturação do tecido conjuntivo e melhora na saúde da matriz extracelular”, explica a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos. “Outra opção é o In.Cell. Esse pool de aminoácidos essenciais, lipídeos, ômega 3, microminerais e vitaminas que estão vetorizados em Fosfatidilcolina, atua restabelecendo a fluidez e função da membrana celular, melhorando a absorção de nutrientes para dentro da célula”, destaca a farmacêutica.

Outra forma de preparar as pernas, visando saúde e beleza, é com a ajuda de procedimentos como o T Sculptor, que contribui para o enrijecimento e fortalecimento muscular e utiliza-se da tecnologia HIFEM (High-Intensity Focused Electromagnetic), o que permite ao paciente fazer um treino muito mais forte e pesado do que ele conseguiria na academia. “A tecnologia não invasiva, ao entrar em contato com a pele, gera um campo eletromagnético focado de alta intensidade capaz de estimular o músculo por meio de contrações contínuas e intensas. São realizadas até 36 mil contrações em cada sessão de 30 minutos, proporcionando assim hipertrofia muscular com consequente aumento do volume da musculatura, redução de gordura devido a ampliação do gasto calórico e, dependendo do protocolo realizado, até mesmo aumento da força muscular”, explica a dermatologista Dra. Rossana Vasconcelos, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. De forma geral, os estudos mostram 19% de redução de gordura e 16% de aumento de massa magra com o tratamento. T Sculptor permite tratar ombros, braços, abdômen, coxas, glúteos e panturrilhas. “Enquanto ocorre a sessão, o paciente sente apenas uma contração muscular (sem fazer força)”, explica a Dra. Rossana. Os protocolos de redução de medida ou ganho de músculos são feitos em oito sessões, com intervalo mínimo de 48 horas entre elas.

Se a rotina estiver atribulada, faça pelo menos exercícios que podem ser feitos até mesmo sentado para evitar o risco de trombose: “Comece com os pés no chão e, em seguida, levante os calcanhares enquanto mantém as pontas dos pés no chão, permanecendo nessa posição por alguns minutos. Depois, coloque os calcanhares no chão e levante os dedos dos pés. Segure por alguns segundos e repita o alongamento algumas vezes. Outro ótimo exercício consiste em traçar círculos com os pés por alguns segundos, mudando de direção de fora para dentro e de dentro para fora. Você também pode dobrar a perna abraçando os joelhos o mais próximo possível do peito. Permaneça assim por alguns minutos, sempre trocando de perna. Outra medida muito simples e que estimula bastante o fluxo sanguíneo é caminhar pela casa. Esses simples cuidados já estimulam a circulação e minimizam consideravelmente o risco de trombose”, finaliza a Dra. Aline Lamaita.

FONTES:

*DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, Dra. Aline Lamaita é membro da diretoria (comissão de marketing) da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine, a médica é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2000) e hoje dedica a maior parte do seu tempo à Flebologia (estudo das veias). Curso de Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard (2018). A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. RQE 26557 http://www.alinelamaita.com.br/

*DRA. MARCELLA GARCEZ: Médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo.

*LMG: A LMG é uma empresa que atua no mercado nacional tendo como objetivo de trazer soluções completas em equipamentos para tratamentos estéticos e dermatológicos. Os equipamentos respeitam os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade estabelecidos por órgãos oficiais. Trata-se de uma empresa realmente comprometida, que vislumbra aumentar e melhorar o escopo de tratamentos. Laser, radiofrequência, cavitação e criolipólise em aparelhos consagrados como a Plataforma Solon e o Total Sculptor.

*PATRÍCIA FRANÇA: farmacêutica e gerente científica da Biotec Dermocosméticos.

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