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Doces portugueses

Por Redação 25/12/2018

Casa Piriquita

Parada obrigatória quando a visita for a cidade de Sintra, a padaria que mais tarde viria a ser conhecida por Piriquita foi fundada em 1862, há cerca de 160 anos. Trabalhavam lá Amaro dos Santos, padeiro de profissão e sua mulher Constância Gomes.

O nome Piriquita se deu por conta do apelido que o rei D. Carlos I deu a Constância Gomes, por ser baixa estatura. Também foi o Rei D. Carlos I que encorajou o casal a confeccionarem as famosas Queijadas, um doce de que desfrutava durante os seus verões em Sintra. O sucesso foi imediato e depressa a padaria se transformou em Pastelaria.

E passaram 160 anos, mas a qualidade dos produtos permaneceu e as delícias que saem da cozinha por lá são produzidas e servidas pela própria família para os clientes que não são só os locais, eles vêm do mundo inteiro. Mas foi só na década de 40 enquanto Constância Luísa Cunha, filha da fundadora, desenvolveu o Travesseiro, um pastel recheado com doce de ovos e com um toque amendoado, mas com o segredo tão bem guardado que apenas a família direta tem acesso à receita do recheio.

O sabor é inigualável, é possível comer vários e ainda sentir vontade de levar uns para viagem.
Hoje na quinta geração, a casa mantém o projeto familiar de sucesso.

Bola de Berlim? Não seria sonho? Na verdade, a iguaria é uma receita semelhante à tradicional Berliner alemã. Que geralmente é recheada com cremes doces vermelhos, como de morango e framboesa. Em Portugal o doce é recheado com creme de pasteleiro em abundância, deixando uma grande porção para fora do doce.

Bola de Berlim

As bolas de berlim são fritas e polvilhadas com açúcar, antes de serem recheadas com o creme de pasteleiro.

As produzidas em Berlim, são um pouco menores e polvilhadas com açúcar de confeiteiro.

Claro que na terrinha os doces são mais fartos e são vistos na maioria das pastelarias. Por aqui, as deliciosas “bolas”, nossos famosos sonhos, chegaram nas padarias de São Paulo no início do Século XX. São apresentados também com outros recheios como doce de leite.

Brisa-de-Lis ou Quindim ?

Entre as diversas receitas criadas pelas freiras lusitanas à base de gemas, surgiu o doce Brisa-do-Lis, conhecido como um doce conventual.

Os portugueses apreciaram o novo doce das freiras, que era feito de uma receita à base de gemas (ou ovos inteiros), açúcar e amêndoas. E foram justamente as amêndoas que favoreceram a criação do quindim, porque quando os portugueses vieram colonizar o Brasil, junto vieram as receitas que mais gostavam, mas eles não contavam com a ausência de alguns ingredientes para prepará-las.

As escravas preparavam essas receitas para seus senhores, mas para preparar o Brisa-de-Lis existia um grande problema: a falta de amêndoas. A criatividade permitiu que as africanas substituíssem a amêndoa pelo coco, que existia em abundância por aqui. A receita foi aprovada e as escravas a batizaram como quindim, que significa dengo. Sendo assim, o doce tem raízes portuguesas e foi adaptado em solo brasileiro.

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