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Um guia de harmonização de vinhos e queijos.
17/05/2019por: Carlos Eduardo
Pires de Campos -Biomédico.
O vinho e o queijo ultrapassam as questões de harmonização. Os dois juntos são capazes de nos proporcionar uma experiência rica em história e cheia de aromas e sabores. Isto porque essa combinação ganhou força na França, na idade média. Sendo os franceses os maiores e mais tradicionais produtores de vinho do mundo, a combinação dele com o queijo se deu quase que naturalmente.
Assim como o vinho, os queijos dividem-se em grupos: fresco e fresco curado (ricota, requeijão, cottage, muçarela de búfala), branco mole (brie, camembert e coulommiers), semimole (emmental, gouda, saint-paulin), duro (parmesão, pecorino, grana padano), azul (gorgonzola, roquefort, stilton) e temperado.
Para as pessoas que não tem tempo de mergulhar e estudar a fundo o terroir desses alimentos, algumas dicas podem ajudar a encontrar a harmonização perfeita. O
, assim como o do vinho, é complexo. O local onde se cria o animal que fornece o leite tem que entrar na equação do sabor, da mesma forma que o ambiente em que o queijo é curado e quais fungos vão atuar sobre ele. Vale lembrar, que mais do que conhecer sobre vinhos e queijos é necessário fazer esse casamento de acordo com o seu paladar.
Queijos frescos e frescos curados:Feta, Mascarpone, Ricotta, Mozzarella, Burrata, Minas e Valençay possuem um sabor mais delicado e com aroma discreto. Uma combinação implacável é interessante optar por vinhos brancos igualmente leve, com características frutadas e refrescantes. Espumantes ou vinhos feitos com Sauvignon Blanc são boas pedidas.
Queijos de massa mole: Camembert, Brie, Coulommiers, Brillat-Savarin, Pont L’Évêque, Serra da Estrela e Reblochon combinam melhor com vinhos brancos feitos com a uva chardonnay ou, para quem quer investir nos tintos, alguns tipos mais delicados, como o Pinot Noire e o Merlot.
Se preferir pode optar pelos roses. Queijos duros: Emmental, Gruyère, Parmigiano Reggiano, Pecorino, Aged Cheddar, Manchego e Provolone são alimentos com sabores extremamente marcantes. Por esse motivo é mais difícil de agradar todos os tipos de paladares.Para combinar bem com esses queijos, é interessante investir em vinhos com taninos marcantes, que complementem a experiência ao consumi-los. Uma boa opção são alguns italianos clássicos, como Chianti e Barolo, ou alguns franceses da região do Rhône ou de Bordeaux.
Queijos azuis: Roquefort, como tem um aroma e sabor forte, um bom complemento para ele são os vinhos do Porto e outros mais adocicados. Espumantes também podem harmonizar bem com esse tipo de queijo.
Gorgonzola, tem consistência macia e cremosa, torna-se um queijo mais popular que Roquefort, para ele é recomendado os mais encorpados e secos, como o Malbec e Cabernet Sauvignon.
Queijos semimoles: Gouda, Maasdam, Asiago, Saint-Paulin, Edam, Taleggio, Jarlsberg e Langres etc. Podem se conciliar bem com os brancos de forte aroma, bem como os tintos leves e frutados, como os Beaujolais, Barbera e Dolcetto.
Queijos de cabra: Se o queijo já costuma ser uma delícia, o de cabra é a prova de que tudo o que é bom pode ser melhorado. E para ficar ainda mais incrível, sugiro harmonizá-los com um rosé.
O ideal é que o encontro dessas texturas, aromas e sabores diferentes se completem. O segredo está no equilíbrio entre acidez, taninos e corpo da bebida e a gordura e consistência da comida. A harmonização destes produtos é uma tarefa que exige um pouco de conhecimento dos ingredientes e bom gosto. É importante que se crie um terceiro sabor. Que é quando um sabor é o complemento de um no outro, quando os dois ressaltam as suas qualidades, tornando-se ainda mais agradáveis quando acompanhados.