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Aplicação preventiva de toxina botulínica pode acelerar envelhecimento da pele; saiba como evitar

Por Redação 01/08/2020

Apesar de eficaz, o uso de toxina botulínica para prevenir o surgimento de rugas e  deve ser indicado corretamente para evitar o enfraquecimento dos músculos da região tratada, com consequente surgimento precoce dos sinais de envelhecimento.

Desde sua descoberta, a aplicação estética de toxina botulínica, que figura entre os procedimentos mais realizados no mundo, ganhou novas e diferentes indicações. Hoje, por exemplo, o tratamento já é realizado até mesmo de forma preventiva, não sendo incomum encontrar pessoas por volta dos 30 anos que já se submeteram a aplicação da toxina botulínica para retardar o surgimento de rugas e marcas na face. “O uso da toxina botulínica para prevenir o aparecimento das rugas e linhas de expressão é bastante indicado para pacientes de pele clara e fina que realizam expressões faciais muito fortes e fazem caretas involuntárias o tempo inteiro. Isso porque esse exercício da musculatura faz com que essas linhas, que inicialmente aparecem apenas com expressões, tornem-se estáticas e permanentes, formando marcas e rugas precoces no rosto”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Porém, é preciso ter cautela com esse tipo de tratamento, já que, quando realizado em excesso, pode causar o efeito contrário, contribuindo assim para o surgimento precoce de sinais de envelhecimento.

De acordo com o especialista, isso acontece porque os músculos da face podem tornar-se enfraquecidos devido as aplicações constantes de toxina botulínica na região. “Como consequência da aplicação em excesso da toxina botulínica, a pele pode ficar mais fina e flácida e os músculos fracos. E à medida que a musculatura de uma região torna-se mais fraca pode ser necessário que novos músculos da face sejam recrutados para que você consiga realizar certa expressão, o que pode resultar no surgimento de novas rugas nesse local e a necessidade de uma nova aplicação de toxina botulínica nos músculos recém-recrutados, criando assim um ciclo vicioso”, alerta o cirurgião plástico.

Mas, caso você tenha interesse de realizar a aplicação preventiva da toxina botulínica, não há necessidade de ter medo. Para evitar esse tipo de erro, basta procurar por um cirurgião plástico qualificado, que poderá realizar uma avaliação da sua face e dizer se o tratamento é realmente indicado para você. “Antes de indicar o tratamento preventivo, o médico irá analisar uma série de características do paciente e não apenas a idade. Por exemplo, pessoas de olhos claros costumam contrair mais os olhos na presença da luz, o que faz com que a musculatura da região também se contraia e, consequentemente, comece a formar rugas. Então, nesse caso, o uso preventivo da toxina botulínica pode ser indicado independentemente da idade do paciente”, destaca o médico. “Além disso, diversos outros fatores também influenciam na indicação do tratamento, incluindo textura da pele, fototipo, tabagismo, exposição solar e atividade física intensa. Mas, normalmente, a idade ideal da primeira aplicação é por volta dos 25 a 30 anos.”

Vale lembrar também que, no geral, a aplicação preventiva de toxina botulínica é realizada com pequenas quantidades, justamente para não enfraquecer a musculatura ou conferir ao rosto um aspecto congelado e artificial. “Além disso, é possível aplicar a toxina em pontos específicos da face para apenas relaxar a musculatura sem, necessariamente paralisá-la”, completa o Dr. Paolo Rubez. Por fim, o médico relembra que o melhor antes de optar por qualquer procedimento é conversar com um médico experiente e qualificado, já que cada paciente tem uma expressão, uma pele e um desejo diferente e os tratamentos estéticos devem ser personalizados de acordo com a necessidade e características de cada um. “Por exemplo, em alguns casos, o médico pode recomendar a aplicação de ácido hialurônico no lugar da toxina botulínica, já que é substância de alto poder hidratante capaz de estimular a produção de colágeno, o que também tem efeito preventivo”, finaliza.

FONTE: DR. PAOLO RUBEZ – Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP.

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