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Intercâmbio: Viajar, trabalhar, amar

Por 17/12/2012

Se você estiver a fim de praticar seu inglês, ganhar responsabilidade, conhecer novas pessoas e se divertir, aproveite: pois fazer um intercâmbio de trabalho pode ser uma experiência inesquecível!

Por: Guilherme Zanette

2009 foi o ano em que 140 mil brasileiros fizeram intercâmbio no exterior. Mas também foi o ano em que a jornalista Fernanda Carreira, uma dessas 140 mil pessoas, conheceu um grande amor. Fazendo intercâmbio. Em dezembro de 2009, Fernanda viajou para cumprir um programa de intercâmbio de trabalho na Flórida, nos Estados Unidos. Lá, conheceu Rafal Cieciersk, polonês que trabalhava e morava junto com Fernanda e outro amigo. Ano passado, ela voltou ao Brasil trazendo na bagagem um grande amor que culminou em casamento e em lua de mel de seis meses na Europa.

É claro que nem todos tiveram e terão a mesma sorte que Fernanda. Ela mesma nem imaginava que isso aconteceria. Mas não resta dúvida de que um intercâmbio, principalmente de trabalho, tem uma importância elementar, pessoal e profissionalmente falando. Segundo Maura Leão, presidente da Belta (Associação Brasileira de Operadores de Viagens Educacionais e Culturais), hoje em dia, ter a experiência internacional é um grande diferencial no currículo profissional. “E quando o intercambista tem a possibilidade de trabalhar no exterior, sendo na área de atuação ou não, ele conquista uma nova visão do mundo e passa a entender melhor as diferenças, não apenas culturais, mas entre as pessoas e os relacionamentos.”

E justamente todos esses os benefícios contribuíram para levar cerca de 170 mil brasileiros a viajar para o exterior e fazer intercâmbio no ano passado, segundo a Belta. Para2011, aexpectativa da associação é de que o crescimento fique em torno de 20%, chegando a mais de 200 mil brasileiros embarcando para o exterior para fazer qualquer tipo de intercâmbio. “O momento é favorável devido ao câmbio baixo do dólar americano e outras moedas como Euro e Libra esterlina”, comenta Maura Leão.

E a experiência do intercâmbio de trabalho não só tem efeitos na carreira profissional. De acordo com Maura, o intercambista aperfeiçoa o idioma do país de destino, passa a se conhecer melhor, compreendendo seus limites, e adquire independência e flexibilidade. Fernanda concorda: “A sensação que sentimos é semelhante à sensação que uma pessoa tem quando sai da casa dos pais e vai morar sozinho pela primeira vez. Claro que no caso do intercâmbio é uma coisa temporária, mas aquilo já vai te preparar para o futuro. E o fato de essa primeira experiência ser no exterior é maravilhoso, inexplicável! Só passando por isso para saber o que é!”

Segundo a presidente da Belta, O público que mais aposta nesse tipo de intercâmbio é o universitário e o recém-formado, entre 20 e 25 anos, e os EUA sempre foram um dos destinos mais procurados. Isso ocorre pelo tão conhecido programa “Work&Travel”, onde apenas se trabalha no período de férias universitárias no Brasil. Foi o caso da Fernanda, que estava indo para o quarto ano da faculdade de Jornalismo. “O programa é muito bem planejado e, se você deixar avisado na faculdade antes de viajar, você não será prejudicado, de maneira nenhuma! Voltei para o Brasil no dia 16 de março de 2010 e no dia seguinte já fui para a faculdade”, completa ela, que aproveitou algumas filmagens que fez no exterior para montar um documentário como trabalho de conclusão de curso.

Mas outros tipos de programa de trabalho são oferecidos: estágio remunerado (programas voltados para área específica de interesse ou para atividades gerais); estágio não remunerado (programa para estudantes que estão terminando a universidade ou recém-formados em diversas áreas, que desejam praticar o idioma trabalhando); au pair (intercâmbio cultural para jovens, geralmente moças que coordenam atividades das crianças da casa e são recebidas como pessoas da família); cursos de idioma com trabalho (a maioria dos países exige que os cursos tenham uma carga horária mínima para que seja dada a permissão de trabalho); trabalho de férias (programas específicos para trabalhar em parques, estações de esqui e resorts durante a alta temporada); e trabalho voluntário (o participante pode escolher entre ser voluntário em comunidades carentes ou área de preservação ambiental e cuidado de animais).

O melhor de tudo é que a maioria dos programas exige apenas conhecimento no mínimo intermediário do idioma do país. Alguns exigem experiência profissional, como o caso de Au Pairs, onde é necessário comprovar que já se trabalhou com crianças, além da necessidade de ter carta internacional de habilitação para dirigir.

Agora que você já sobe todos os benefícios do intercâmbio de trabalho, tudo fica mais fácil: escolha o destino, dê um abraço bem forte em seus pais e divirta-se nessa experiência fascinante e cheia de responsabilidade!

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