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Tudo sobre o ácido retinoico: o poderoso anti-idade que trata rugas, mas pode manchar pele no verão

Por Redação 10/12/2020

Produto deve ser usado com orientação médica, mas não é difícil encontrar seus derivados com venda livre nas farmácias. Saiba por que não usar esse ingrediente no verão e o que fazer para renovar a pele nos períodos quentes

Por mais que existam peptídeos, antioxidantes, clareadores, fatores de crescimento e silício, nada supera o poder do ácido retinoico no poder de renovação celular da pele. “É exatamente por isso que ele é considerado padrão ouro no rejuvenescimento da pele em casa. Produzido através da oxidação da vitamina A, o ácido retinoico é considerado um dos melhores compostos para combater o envelhecimento da pele”, afirma o Dr. Lucas Fustinoni, médico divulgador científico nas áreas de Tricologia e Estética e membro da World Trichology Society. “Engana-se quem pensa que o ácido retinoico é totalmente inofensivo para a saúde. Na verdade, o seu uso incorreto pode causar efeitos colaterais graves, que vão da inflamação e manchas até a má-formação fetal, se usado por gestantes”, completa o médico. Muito usado no inverno, seu uso não é indicado no verão. E atenção: quem usou durante todo o período de inverno precisa redobrar os cuidados com a fotoproteção no verão.

O ácido retinoico está disponível em diferentes apresentações, sendo as mais comuns vendidas nas formas de cremes e pomadas. “No começo, seu uso pode provocar irritação, descamação e vermelhidão, mas isso é normal e faz parte do tratamento. Afinal, esse ácido é responsável por melhorar o turn-over celular, ou seja, a renovação da pele. Então há uma descamação da primeira camada, com consequente estímulo para formação de novas células, que chegam mais oxigenadas à superfície, o que diminui rugas, manchas, acne e cicatrizes de acne, por exemplo”, afirma o médico. Irregularidades e asperezas na superfície da pele também podem ser tratadas com a substância. “No caso do tratamento clareador, o ácido retinoico também previne as manchas, tornando a pele mais permeável e receptiva aos produtos clareadores, então é uma boa maneira de potencializar os clareadores, associando com o ingrediente”.

Dependendo da pele do paciente – e por isso a prescrição médica e o acompanhamento são fundamentais – o médico pode orientar o uso da substância três vezes na semana, intercalando com cremes nutritivos e calmantes, para diminuir a irritação. “Muitas pessoas começam a usar o ácido retinoico e interrompem o tratamento por conta própria, pensando que estão com alergia ao composto, mas é necessário ter um pouco de paciência, principalmente se a sua pele for menos tolerante ao medicamento”, diz o Dr. Lucas.

Concentrações menores podem ser aplicadas pelos próprios pacientes, enquanto concentrações mais elevadas são aplicadas no consultório médico. “Na hora da aplicação, geralmente, uma quantidade equivalente a um grão de ervilha é o suficiente para aplicar no rosto todo, mas, lembre-se de evitar as regiões mais sensíveis, como ao redor dos olhos ou cantos do nariz e da boca”, diz o médico.

Como os efeitos indesejáveis do ácido retinoico (irritação, vermelhidão e inflamação) deixam a pele mais suscetível aos danos ambientais, como a radiação solar, seu uso no verão deve ser evitado. “Ele é um ácido muito fotossensibilizante, então na presença de sol ele pode manchar a pele. Ele é a substância que exige maior cuidado no verão”, afirma o farmacêutico Maurizio Pupo, pesquisador e consultor em Cosmetologia, além de diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Italy.. “Também não é indicado usar ácidos em peles sensíveis e com rosácea”, completa o farmacêutico.

No verão, o ideal é optar por ativos antioxidantes, que potencializam a fotoproteção ao mesmo tempo em que estimulam colágeno. Um exemplo clássico é a Vitamina C. Mas é bom investir em fórmulas que garantam proteção contra a oxidação do ativo, além de tecnologia de liberação prolongada. “Isso faz com que o ativo seja liberado aos poucos na pele durante todo o tempo de uso, o que garante maior eficácia e resultados mais rápidos”, destaca o farmacêutico. “A Vitamina C é um poderoso ingrediente antioxidante, rejuvenescedor e clareador. Logo, além de estimular a produção de colágeno e combater os danos causados pelos radicais livres, o ativo atua direta e indiretamente sobre a tirosinase, enzima responsável pelo processo de formação do pigmento que dá cor à pele, resultando assim na diminuição da produção de melanina e, consequentemente, da hiperpigmentação da pele”, diz Maurizio Pupo. “E, claro, o fotoprotetor deve ser usado sempre, em qualquer época do ano, e no verão a atenção à radiação deve ser ainda maior”, diz o Dr. Lucas. “O protetor solar precisa ter FPS 30 ou mais, mas é importantíssimo que ele tenha uma longa duração de proteção. Caso não tenha, é necessário reaplicar o protetor de hora em hora em fotoexposição direta”, finaliza Maurizio Pupo.

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