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O príncipe dos mares

Por Redação 23/12/2018

Uma das mais deliciosas maravilhas da culinária de todos os tempos vem dor mar, tem sabor inigualável e é um alimento extremamente nutritivo. Saiba mais sobre a história, os tipos e a variedade do bacalhau.
Considerado um alimento milenar, degustado no mundo inteiro e presente no paladar de quem possui um gosto gastronômico diferenciado, o bacalhau é conhecido como um fruto do mar lusitano, porém sua origem vem dos antigos vikings, considerados os pioneiros da descoberta da iguaria. Denominado Torsk pelos dinamarqueses, Baccalà pelos italianos e Morue pelos franceses, o bacalhau encanta a todos por sua extensa variedade de receitas, reunindo características que fazem dele um peixe nutritivo, saboroso, de fácil digestão, rico em minerais e vitaminas, e com colesterol quase zero.
Muito apreciado em determinadas datas do ano, o peixe é um símbolo da culinária portuguesa. Para se ter uma ideia, anualmente cada habitante de Portugal consome o equivalente a 7 kg de bacalhau. Apesar dessa liderança, o Brasil também se destaca entre um dos principais mercados do mundo.
Esse fato se deve muito aos portugueses, que por meio da colonização acabaram influenciando o paladar brasileiro. Eles foram os primeiros a introduzir na alimentação este peixe precioso, universalmente conhecido e apreciado, e por isso é inevitável estabelecer a ligação entre bacalhau e Portugal.
O elo é tão forte que muitos costumes ligados ao peixe vêm da cultura portuguesa. Um exemplo é o consumo durante a páscoa que segue uma regra da igreja católica de não comer carne vermelha durante os dias santificados.
Mas foi apenas na época das grandes navegações, no século XV, que os portugueses descobriram o prazer da iguaria, que servia de alimentação a tripulantes exaustos com suas viagens que levavam até três meses de travessia pelo Atlântico. Aqui no Brasil o hábito de se alimentar com bacalhau começou mais especificamente com a chegada da família real portuguesa em 1808.
Só que muitos anos antes do bacalhau cair nas mãos dos portugueses outros países da Europa foram responsáveis por sua disseminação. Após a descoberta dos vikings, os bascos aprimoraram um ponto crucial para a melhor degustação do peixe: sua conservação. Eles foram os primeiros a usar o sal com esse objetivo. Isso facilitou tanto a degustação que os pescados logo se transformaram em fonte de renda com vários comércios ao ar livre, já que antes eles eram expostos ao sol até secarem e perderem metade de seu peso para ser consumido.
Quanto aos tipos do peixe, o primeiro a ser trazido ao Brasil pela realeza portuguesa é o mais conhecido e apreciado no país, trata-se do tipo Gadus, ou simplesmente do Porto. Porém, existem cinco tipos do peixe, entre secos e salgados. Tirando o citado anteriormente, temos também o bacalhau do Pacífico, muito confundido com o do Porto, mas que tem diferenças pontuais: basta observar sua coloração clara e suas barbatanas e cauda que a dúvida é esclarecida.
O Saithe é um tipo mais escuro, com gosto bem forte e encabeça a lista dos mais importados atualmente. O Ling é extremamente fácil de reconhecer, por ser a espécie mais estreita de todas. Ideal para grelhar, sua carne é clara e possui um sabor leve e tentador. Já o Zarbo, apesar de pequeno, possui um dos cortes mais saborosos que os sete mares podem proporcionar.
Aos mais seletos, essa iguaria possui uma pequena classificação que aponta a qualidade da carne, tal como sabor, rentabilidade e corte. Se você quiser investir em um peixe de primeira classe, procure os da marca Imperial. É a melhor classificação e significa que o bacalhau está bem cortado, escovado e curado. O do Porto é outro exemplo do melhor dos melhores.

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