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O poder das marcas de luxo

Por Redação 11/07/2024

Para saber com mais profundidade fomos conversar com a empresária Lilian Marques da Front Row, ela compartilhou informações que ajudam a entender um pouco mais sobre esse mercado

O mercado de luxo costuma se estender para a maioria dos segmentos de atuação ligados ao consumo pessoal, em que os consumidores desfrutam dos produtos e serviços de forma individualizada. Dentro desse amplo espaço o mercado da moda está situado e com grande destaque. A influência que a moda de luxo exerce no que diz respeito a ditar tendências e consolidar noções de bom gosto é consideravelmente profunda e isso se reflete em seus números de faturamento. Em um estudo pós pandemia da consultoria Bain & Companysua projeção de crescimento para o mercado de luxo como um todo foide até 360 a 380 bilhões de euros até 2025. Enquanto outro estudo mais recente, do fim de 2023, projetou especificamente para o mercado brasileiro um crescimento de 6 a 8% ao ano até 2030 quando podeatingir, segundo a projeção, até R$ 133 bilhões.
Nesse contexto, as marcas de luxo na moda estão constantemente nos holofotes. O mercado de luxo na moda apesar de eventualmente abrir espaço para novas marcas está muito calcado na tradição e renome.
Marcas tradicionais na moda de luxo se fortalecem cada vez mais a cada coleção e peça que trazem ao público, sempre de forma exclusiva.
Evidência disso é o grupo LVMH que conta com muitas das mais tradicionais marcas da moda de luxo e mostra tendência de expansão consistente.
Aliado a isso, a exclusividade das peças torna elas muito valiosas no mercado secundário, fazendo com que se valorizem na maioria dos casos, chegando ao ponto poderem ser consideradas verdadeiros investimentos financeiros. Para tratar melhor desse tema trouxemos Lilian Marques da Front Row, empresa especializada no mercado da moda second hand.

1º As bolsas de luxo realmente sãobons investimentos?
Sim, pois só nos últimos anos os modelos mais tradicionais da Hermès valorizaram acima do índice de Nasdaq e do Ibovespa. Quem tem algumas dessas peças, de fato, tem retornos maiores que alguns ativos financeiros.
2º Quais as marcas que mais valorizam?
Com certeza a Hermès, seguida pela Chanel. As grifes estão disputando os maiores valores de mercado, com as suas clássicas bolsas. A Chanel aposta na Classic Flap, que ultrapassou o valor 59 mil reais em 2024, número recorde, e a Hermés aposta na conhecida Birkin, cujo investimento pode ultrapassar os US$ 14.000 (R$ 71.260), a depender do tipo de couro.
3º Existem produtos do mercado de luxo que acabam desvalorizando enquanto outros se valorizam com o tempo, como identificar o produto que pode valorizar ou desvalorizar?
Existem sim, o que mais prejudica valor dos itens é o estado deles, a falta de embalagem, documento.
4º Quais são os diferentes tipos de consumidor que você tem? E porque você acredita que eles buscam artigos “Second Hand”?
Os consumidores buscam a second hand pelo atendimento personalizado, pela melhor forma de pagamento e por não precisar ficar anos em uma fila de espera para adquirir seu produto desejo.
5º Você acredita que esse mercado apresenta tendência de crescimento?
Sim, as bolsas Hermès são um exemplo, um dos itens mais buscados no nosso site e atraem até mesmo colecionadores dispostos a investir. Mesmo com a polêmica envolvendo a Hermès, que está sendo processada por práticas de vendas ilegais após a denúncia de alguns clientes (segundo os quais a marca obriga o consumidor a
comprar outros produtos como acessórios e roupas para que tenha oportunidade de adquirir uma bolsa Birkin, modelo clássico da marca, que custa entre de U$ 10.400 a U$ 2 milhões), os itens da grife francesa não perderam valor de mercado. Pelo contrário, seguem apenas se valorizando.
6º Você acredita que existe um preconceito de não olhar para artigos de luxo como investimento?
Não, os artigos de luxo já estão consolidados como opção de investimento, principalmente os mais raros, peças que muitas vezes são lançadas em pouquíssimas quantidades. Ao longo dos anos essas peças ganham mais valor e
podem alcançar o triplo do valor original.
7º Você acredita que o cliente que inicia no Second Hand migra para as compras de produtos novos e vice-versa?
Acredito que acontece o movimento inverso na verdade, os consumidores das grifes procurando a second hand como alternativa às compras casadas que muitas vezes são impostas por essas marcas.
8º O que te levou para este mercado?
A Front Row foi criada em 2017, para ransformar o mercado de second hand. A empresa iniciou suas atividades como uma plataforma second hand, com ticket médio de R$ 2.500. Desde o início, considerando mais interessante manter contato direto com os colecionadores e não apenas em ser uma plataforma para outros brechós venderem.
Isso porque entendeu que a curadoria e certificação da autenticidade das peças, além do atendimento personalizado, seriam um grande diferencial. Esse cuidado somado à restrição de número de marcas, shoppers que entendem os
hábitos de consumo e conseguem prever as próximas compras dos clientes, fez com que a empresa aumentasse em 10 vezes o ticket médio desde a criação.

Sobre Lilian Marques: Lilian Marques, é formada em  Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP), apaixonada por moda e luxo, com especialização na Central Saint Martins – University of the Arts London, e London College of Fashion. Lilian fundou a Front Row em 2017, a empresa conta com uma equipe especializada, responsável pelo relacionamento com colecionadores e compradores, aproximando consumidores de produtos
exclusivos e limitados. Entre os itens de grifes mais sofisticadas e exclusivas do mercado de luxo disponíveis pela Front Row estão: Hermès, Cartier, Chanel, Tiffany, Rolex e Bvlgari.

 

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