Saúde & Estética

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Frio dá mais fome?

Por Redação 27/06/2025

Endocrinologista explica como o inverno influencia o apetite. No inverno, é comum sentir mais fome e buscar alimentos calóricos. 

Mas, o que parece só uma questão de vontade tem base biológica: o corpo entra em “modo aquecimento” e envia sinais de alerta que aumentam o apetite. A endocrinologista Tassiane Alvarenga explica como isso funciona e o que fazer para não engordar na estação mais fria do ano.
Fondue, chocolate quente, massas… com a chegada do inverno, é como se o apetite ganhasse um empurrãozinho. E não é impressão: o frio realmente mexe com o nosso metabolismo e aumenta a vontade de comer especialmente alimentos mais calóricos. Mas, esse aumento de fome é justificado pelo corpo? E, principalmente, dá para evitar os quilos extras mesmo com todas essas tentações?

Segundo Dra. Tassiane Alvarenga Endocrinologista e Metabologista, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a resposta é sim, o frio interfere diretamente nos mecanismos do apetite. “Do ponto de vista evolutivo, o corpo aumenta a fome como forma de gerar mais energia e manter a temperatura estável. Isso é uma resposta adaptativa antiga, que fazia muito sentido quando não tínhamos aquecedores, roupas térmicas e ambientes climatizados como hoje”, explica.

Ou seja: o corpo continua agindo como se estivesse em um ambiente hostil, precisando estocar energia para se proteger. “Acontece que o estilo de vida moderno mudou. Nos protegemos melhor do frio e nos movimentamos menos. O que fica descompensado é justamente o apetite aumentado, sem o mesmo gasto calórico o que pode levar ao ganho de peso”, alerta a médica.

Além da resposta biológica, o inverno favorece o comportamento mais sedentário e o prazer de comer. “No frio, ficamos mais em casa, buscamos conforto em comidas quentinhas e calóricas e tendemos a deixar os exercícios em segundo plano”, diz Tassiane.

Mas, é possível virar esse jogo e a médica garante que não é preciso passar vontade. “Há formas de atravessar o inverno com saúde e sem sustos na balança. Basta entender o que o corpo está pedindo e fazer boas escolhas.”
As orientações da Dra. Tassiane para não ganhar peso no inverno incluem:

  • Escolher bem os alimentos: Sopas de legumes, chás, vegetais quentes, grãos integrais e carnes magras ajudam a saciar e aquecer sem exagerar nas calorias.
  • Manter (ou até intensificar) a rotina de exercícios: O corpo gasta mais energia no frio, então essa pode ser uma excelente época para acelerar o metabolismo desde que você continue em movimento.
  • Observar os sinais reais de fome e saciedade: “Nem sempre a vontade de comer é fome. Às vezes, é só um pedido de conforto”, diz a endocrinologista.
  • Não demonizar o prazer alimentar: “O importante é o equilíbrio. Pode sim tomar um chocolate quente mas, talvez não todos os dias, e com versões mais leves.”

A médica ainda aponta que estudos recentes têm investigado formas de ativar o tecido adiposo marrom um tipo de gordura que queima calorias para gerar calor como possível estratégia no tratamento da obesidade.

“Entender os mecanismos do corpo ajuda a tomar decisões mais conscientes. O inverno pode ser sim uma estação acolhedora e prazerosa, sem precisar vir acompanhada de culpa ou de excesso na balança”, finaliza a especialista.
Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU;
  • Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP;
  • Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP);
  • Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM;
  • Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO;
  • Faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Passos.
  • Sobrepeso e Obesidade. Compulsão Alimentar e Ansiedade;
  • Obesidade Infantil;
  • Diabetes Mellitus e Pré Diabetes: Controle da glicemia e prevenção de complicações como Retinopatia , Neuropatia , Nefropatia , Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Dislipidemias ( Colesterol);
  • Doenças da tireoide ( Hipo e Hipertireoidismo, Nódulos na Tireóide);
  • Osteopenia e Osteoporose;
  • Seguimento pré e pós operatórios de cirurgia bariátrica;
  • Check-up e Avaliação de rotina;
  • Baixa Estatura;
  • Distúrbios da Menstruação, Distúrbios da Puberdade, Crescimento e Desenvolvimento sexual;
  • Síndrome dos Ovários Policísticos;
  • Reposição hormonal na Menopausa e Andropausa.

 

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