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Como preparar o pet para a retomada da rotina
21/08/2020Especialista da DogHero separou principais conselhos para readaptar o animalzinho após isolamento do COVID-19
O isolamento social devido à COVID-19 mudou o dia a dia dos pais e mães de pets que passaram a ter uma convivência maior com seus animais de estimação. Mas, com a retomada gradual da rotina, os cães e gatos podem sofrer com a separação dos tutores. Segundo a Thais Matos, veterinária da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina, o ideal é sempre condicionar o animalzinho a ser independente, mesmo com a presença do tutor. Confira as principais recomendações da especialista para a readaptação do pet.
Sintomas da dependência emocional dos animais de estimação
A dependência emocional em relação ao tutor não pode ser visto como um sinal de amor, pois é, na verdade, um transtorno que pode virar depressão, estresse ou a síndrome de ansiedade de separação. Assim, quando o pet está com dependência emocional relacionada ao tutor, ele irá demonstrar alguns sinais no dia a dia, como inquietude (andam de um lado para o outro), vocalização (tendem a ficar latindo, uivando incessantemente), comportamento sombra (segue o tutor por toda a casa), contato físico constante (fica pedindo colo o tempo todo ou quer deitar sempre próximo ao tutor), comportamento destrutivo (liberam toda a frustração de estarem sozinhos nos objetos da casa), fazer necessidades fora do lugar, falta de apetite e até mesmo depressão.
Segundo a veterinária todos esses sintomas podem acarretar em problemas de saúde física e mental ao pet, que deve ser acompanhado por um médico veterinário, a fim de manter o bem estar e saúde do animalzinho. “É importante que o tutor consiga lidar com essas questões, pois o comportamento de dependência não nasce com o cão, ele é desenvolvido conforme a criação e convivência com o tutor. Não é algo que será resolvido de maneira rápida, é preciso paciência e muito esforço para que o pet se torne menos dependente e não sofra com isso”, comenta a especialista.
Como fazer a readaptação dos pets de forma gradual
É importante preparar o animal para o retorno gradual da rotina para evitar que ele sinta muito o distanciamento do tutor. De acordo com a profissional da DogHero, o pai ou mãe de pet poderá retomar aos poucos a rotina que o animalzinho tinha antes do isolamento começar. O primeiro passo é começar a estimular que o pet brinque sozinho nos horários que não estiver em casa futuramente. “O tutor também deve evitar de ficar com o pet no colo ou fazendo carinho. Também deve ficar em cômodo distintos da casa durante esse tempo. Comece aos poucos, aplicando essas dicas de 1 a 2 horas por dia e conforme o pet for se adaptando, será necessário ampliar essa janela de tempo. O pet precisa deixar de ficar exclusivamente dependente do seu tutor, percebendo que ele pode se distrair com outras coisas e ficar sozinho é apenas mais uma parte da rotina”, comenta a veterinária.
Outra alternativa de adaptação é tentar fazer “saídas de teste”. Elas consistem em saídas bem curtas que servem apenas para mostrar ao pet que você vai voltar depois que sair de casa. O tutor pode começar saindo por pouco tempo e ir aumentando a pausa aos poucos, alguns minutos por dia. Mas, caso o pet esteja com dificuldades de adaptação, o tutor deve procurar um especialista em comportamento animal para auxiliar e identificar as melhores estratégias personalizadas.
Enriquecimento ambiental para entreter o pet
A melhor alternativa é realizar um enriquecimento ambiente para o pet se entreter quando estiver sozinho. Para os cães, os tutores podem usar brinquedos “recheáveis”, ou seja, colocar um alimento que o cachorro goste e ele ficará tentando “caçar” a comida. Também é possível produzir esse tipo de brinquedo em casa com uma garrafa pet. Basta tirar o rótulo, colocar o alimento dentro e fazer furinhos na embalagem. Outra opção é deixar petiscos escondidos pela casa para estimular o instinto de caça do pet e distraí-lo nessa “caça ao tesouro”. Em dias quentes, os pais ou mães podem congelar esses petiscos ou pedaços de frutas na forma de gelo, para que o cão lamba ou triture o gelo para saborear o alimento.