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Repense sua escolha em cosméticos, você sabe qual é o dicionário de sustentabilidade?
01/07/2020Conheça alguns termos e expressões que ainda deixam dúvidas sobre produtos.
Se você já encontrou no rótulo de algum produto termos que te deixaram em dúvida, você não está sozinha. Expressões como cosmético natural e cruelty free estão cada vez mais presentes nas embalagens, em um momento em que muito se pensa na preservação do meio ambiente e no bem-estar dos animais.
Mas, você sabe o que significa cada uma dessas definições e o que está por trás da produção da elaboração dos produtos? Para ajudar nessas escolhas, o especialista no assunto, Rafael Zarvos, da Oceano Resíduos, montou um pequeno dicionário explicando tudo o que a gente precisa saber sobre os produtos eco-friendly. Confira!
Cosmético Natural – No Brasil não existe Norma, Portaria e nem Diretrizes que regulamentem a classificação de “Cosmético Natural”. Adotamos aqui os conceitos da IBD, maior Certificadora da América Latina. Para que o cosmético possa receber um Selo de “Natural”, precisa utilizar matérias-primas naturais cujas substâncias sejam de origem vegetal, inorgânica-mineral ou animal (exceto vertebrados) e suas misturas. As matérias-primas derivadas do natural devem preferencialmente ser oriundas de insumos orgânicos. Insumos não naturais ou a partir de reações não permitidas a partir de uma substância natural, desqualifica seu uso em produtos cosméticos orgânicos ou naturais. São exemplos de matérias-primas proibidas: corantes sintéticos, fragrâncias sintéticas, polietilenoglicóis (PEGs), quaternários de amônio, silicones, conservantes sintéticos, dietanolamidas, derivados de petróleo etc. Os cosméticos naturais deverão destacar em seu rótulo quais ingredientes são naturais e/ou orgânicos e/ou oriundos de extrativismo certificado.
Cosméticos Orgânicos – Baseado na sustentabilidade, usam produtos naturais e o seu manuseio não agride o meio ambiente. Precisam ser certificadas para receberem a denominação “Orgânica”. O cosmético a ser classificado como orgânico deve conter pelo menos 95% de matérias-primas orgânicas. Os cosméticos orgânicos devem destacar quais são os ingredientes orgânicos utilizados e deverão obrigatoriamente apresentar o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SISOrg) ou então o selo “IBD Orgânico”.
Cosméticos Veganos – Produção que não utiliza matéria-prima de origem animal. Além disto, a empresa que cria o produto não pode fazer o teste final em animais bem como os fornecedores dos insumos devem comprovar que os ingredientes não foram testados em animais. É preciso prestar atenção na etiqueta para ver se o fabricante não está usando substancias derivadas do petróleo. Em 2013 a Sociedade Vegetariana Brasileira (SBV) criou um selo para certificar os produtos veganos.
Cosméticos Cruelty-free – Produtos desenvolvidos e que não foram testados em animais. Exige-se ainda que a empresa implemente um sistema de monitoramento da cadeia de fornecedores. Atualmente existe um selo internacional, o “Leaping Bunny”,que garante que o produto é “Cruelty-Free”.Contudo, não significa que em sua composição não haja ingrediente de origem animal.
Cosméticos Biodinâmicos – Precursor do conceito orgânico, surgiu em 1924 na Polônia com uma abordagem holística, onde o produtor utiliza os conceitos da Homeopatia e do calendário lunar para cultivar a matéria-prima que será usada na produção. A agricultura biodinâmica utiliza os mesmos meios de produção orgânica, praticando a compostagem e utilizando substâncias vegetais e minerais para fazer a adubação. A sua produção é mais restrita. É considerada uma espécie de “Orgânico Premium”. Somente são considerados Biodinâmicos se tiverem o selo “Demeter”.