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Valéria Guazzaloca: 100% envolvimento

Por 17/12/2012

Por: Guilherme Zanette

Embora a entrevista formal tenha sido feita no escritório, certas frases de conversas simples, exemplificam melhor quem é Valéria Guazzaloca. “A Public Mídia é uma extensão da Valéria e a Valéria é uma extensão da Public. Se tirarem isso de mim, vou sentir dificuldade de respirar”, confessa a proprietária da editora, em uma de nossas conversas em seu carro. O sentimento, aliás, só não é mais forte que o amor pelo filho, Vitor, de 11 anos, e pelo marido, Marcelo. “Meu filho me fala todos os dias: ‘eu te amo mais do que tudo nessa vida, vou te amar para sempre’. Este é o estímulo diário.”

Na parte profissional, é curioso observar como Valéria Guazzaloca participa dos processos de criação (pauta, entrevistas, editoração, vendas e ainda a parte administrativa) de uma nova edição. Antes das duas publicações, a editora trabalhava com outros produtos. E foram eles que iniciaram a trajetória de sucesso da Public Mídia, que culminou em um prêmio recebido ano passado pela Associação de Turismo de Lisboa. A revista Public First Class foi considerada uma das cinco melhores publicações especializadas no mercado de luxo do país. Os louros da conquista ficam com a publisher, sempre obstinada em construir produtos que prezem pela excelência. Sua vida profissional começou aos 13 anos e desde então, Valéria consegue ser a síntese de uma profissional que busca de si e de seus colaboradores o máximo. “Passo o dia brincando [com os meus colaboradores], tenho cinco minutos de fúria e ninguém respira. Minutos depois, estou fazendo piada. Não é assim? Se eu estiver mentindo, pode editar!” E é justamente dessa forma que ela se comporta: não acrescentaria nem retiraria uma palavra — inclusive a parte dos cinco minutos em que ninguém respira.

Apesar do desejo de menina de apresentar o Jornal Nacional, a vida deu voltas e ela foi se aproximando da área que mais gosta, a comercial. Com orgulho, Valéria diz que trabalhou na área comercial do jornal O Estado de S. Paulo. E com o mesmo orgulho afirma que deixou o crachá em cima da mesa, pois não acreditava mais na filosofia da empresa.

Essa desenvoltura em lidar com gente a ajudou em alguns momentos, principalmente quando entrevistou pessoas para a revista. “É estranho falar de si… Você tenta se vender com imperfeições, mas acaba percebendo coisas que admira em si mesmo… fico tão feliz quando entrevisto pessoas como João Doria Jr., Carlos Ferreirinha e Ricardo Amaral, pois são grandes exemplos de sucesso e temos tantas coisas em comum… entre elas, a paixão pelo trabalho, que é uma das coisas mais fortes em mim.”

E essa paixão é resultado de uma de suas características mais bonitas: o desejo em obter conhecimento e sempre perguntar. “Aprendi que na vida eu posso falar: ‘eu errei, eu não sei e me ajuda’. Essas coisas não estão atreladas a pessoas orgulhosas. Eu não tenho vergonha de nada… se você não consegue dizer o que pensa e sente, o que vai levar da vida?”. E completa: “Quando você se expõe mais, erra mais, corre mais riscos de não te entenderem. Mas com certeza você vive, sonha e realiza muito mais. E as pessoas que gostam de você sabem exatamente com quem estão lidando.” E é claro que, por causa disso, ela paga “um alto preço pela mais absoluta transparência”. Mas, sem falar em transparência, não estamos falando da Valéria.

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