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Quer ter um bebê em 2014? Prepare seu corpo desde já

Por 04/12/2013

Muitos casais vão começar o novo ano fazendo de tudo para ter um bebê. Mas, é importante saber como as pessoas podem se preparar para aumentar as chances de engravidar. Além de cuidar da própria saúde, é preciso analisar o estado geral, avaliar os medicamentos de que faz uso com frequência, checar se está com o peso dentro de limites saudáveis, os níveis de estresse, e tudo o mais que poderia adiar a concretização dessa tão desejada gravidez.

Na opinião de Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Reprodução Assistida e diretor do Grupo Fertility, alguns ajustes são sempre bem-vindos e podem favorecer bastante a fertilidade. “A primeira medida é consultar um médico ginecologista e fazer um check-up. Em caso de doenças preexistentes ou tratamentos prolongados, talvez seja preciso fazer ajustes no período ou até mesmo suspender medicamentos desde essa fase de tentativas até a fase do aleitamento materno. É o caso de quem toma remédio para controlar a acne, por exemplo. Até mesmo anti-inflamatórios como o ibuprofeno, muito usado para tratar cefaleia, dores musculares e problemas odontológicos, devem ser evitados no período – lembrando que algumas modificações demandam tempo para que o corpo volte ao estado normal”, diz o médico.

Iaconelli afirma que é importante, também, o médico checar o estilo de vida do casal, seus hábitos alimentares, se praticam alguma atividade física, e o quanto de estresse está presente na vida familiar e profissional. “Pacientes com índice de massa corporal igual ou superior a 30 são normalmente encaminhados para uma nutricionista especializada. O objetivo é que a dieta de perda de peso possa não só melhorar os índices gerais de saúde dos pacientes, mas também contribuir para aumentar a fertilidade do casal. Estudos mostram que pessoas que reduziram o consumo de massas, doces, frituras, carnes vermelhas e bebidas alcoólicas durante o tratamento de fertilização assistida duplicaram suas chances de engravidar. Por outro lado, pessoas obcecadas com o peso e que fazem as dietas mais estranhas possíveis também são orientadas a adotar uma alimentação saudável para elevar as chances de ter um bebê. Um IMC saudável varia entre 19 e 25”.

A maioria dos contraceptivos, quando têm seu uso interrompido, não impede a mulher de engravidar na sequência. Entretanto, o especialista diz que pacientes que não puderam fazer uso de medicação oral e acabaram optando por injeções, às vezes têm de esperar um ano depois da última aplicação até que os níveis de fertilidade voltem ao normal. Histórico de abortamentos, hemorragias, gravidez ectópica (fora do útero, nas trompas) e doenças sexualmente transmissíveis (DST) também deve ser relatado em detalhes para que todo arsenal da Medicina Reprodutiva possa ser colocado à disposição do casal. “Quanto mais informações nós tivermos, mais ajustes poderão ser feitos para que essa gestação se transforme em realidade”, diz o médico.

Outra medida fundamental é estar em dia com a carteira de vacinação, já que muitas das infecções que provocam hemorragia ou contribuem para defeitos congênitos podem ser evitadas através de vacinas. “Quem não sabe mais onde está esse documento de saúde tão importante pode se submeter a um simples exame de sangue que indicará se foi ou não vacinado contra determinadas doenças, como rubéola. A propósito, no caso da vacina de rubéola, é necessário aguardar um mês para que se possa tentar a gravidez. É importante estar em dia, também, com as vacinas de tétano e hepatite B antes de engravidar”, adverte Iaconelli.

Por último, mas muito importante, o especialista em Reprodução Assistida chama atenção para mudanças que envolvem tudo o que enfraquece o corpo, como o fumo, o álcool e as drogas – já que eles aumentam os riscos de hemorragia e abortamento. “Tem casais que se dizem propensos a parar de fumar, por exemplo, quando a gravidez se confirmar. Entretanto, quanto mais cedo adotarem hábitos saudáveis que excluem o cigarro, as bebidas alcoólicas, o uso de maconha, crack e cocaína, mais cedo também poderão recuperar as condições de saúde ideais para elevar as chances de ter um bebê saudável. Portanto, dar um basta nesses vícios é questão emergencial e pode fazer toda a diferença em 2014”.

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