Comportamento

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Quando um guarda-roupas pode definir um workaholic

Por 17/12/2012

Por: Guilherme Zanette

Você pode achar bobagem o mundo da moda: o que é tendência e o que é elegante. Mas uma coisa é fato: seu guarda-roupas fala tudo (ou quase) sobre você. Quem bate cada vez mais nessa tecla é a psicóloga da imagem, Marjorie Vicente. Para a profissional, as compras no shopping revelam hábitos cotidianos e fases da vida.

Exatamente como a moda, os hábitos também mudaram. Hoje, por exemplo, é mais comum, segundo a psicóloga da imagem, que as pessoas se dediquem mais às compras de roupas para trabalhar, esquecendo por muitas vezes das vestimentas para lazer e hobbies.

Mas se isso acontece em demasia, pode significar um problema comportamental, podendo afetar questões como a autoestima e os relacionamentos. Será que o guarda-roupas pode nos diagnosticar como pessoas obsessivas pelo trabalho? “Em Psicologia, não generalizamos. Mas, sem dúvida, este é um bom ponto de partida para análise”, diz a psicóloga à Public LifeStyle. Ela ainda complementa que atuar nesse leque vai além de pensar que tipo de mensagem estamos passando. “É poder refletir sobre o ‘lifestyle’ adotado e o grau de satisfação relacionado a isto”.

Ela relembra de um caso no consultório em que a cliente chegou a uma conclusão: seu closet era repleto de opções de vestuário para o trabalho, mas nos finais de semana, ela usava apenas roupas de ginástica compradas há anos. Isso a fez pensar nas reclamações dos filhos e do companheiro de que ela só dava atenção à vida profissional.

A mudança, para acontecer, precisa partir do interior. “É fundamental que a pessoa em questão seja o seu próprio agente de mudança, que a motivação seja interna.” Mas, de acordo com ela, o guarda-roupa pode ser a “mola propulsora” dessa mudança!

A psicóloga ainda afirma que hoje é muito comum ver as pessoas usando roupas de trabalho em uma saída de lazer. “Quando este lazer significa um ‘happy hour’ no meio da semana então, nem se fala… Daí a importância de retirar o blazer e gravata (no caso dos homens) e carregar um pouco mais na maquiagem juntamente com acessórios (no caso das mulheres), e se dar a chance de realmente estar fora do horário e do contexto comercial!”, completa a psicóloga.

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