Comportamento

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Mil Vidas

Por Clara Monforte 25/01/2018

A dúvida existe … à exceção, dos mais espiritualizados, dos mais crédulos e dos que mais se aperfeiçoam no conhecimento do abstrato… e a pergunta persiste: quantas são as nossas vidas?

Aqueles que estudam as leis do invisível tornam-se fiéis aos princípios e, pouco a pouco, temem mais a vida do que a morte. Sofrem menos com as despedidas, desde a perda de um amor em vida, até a última separação, neste espaço. Têm a certeza do reencontro. Talvez, sejam mais felizes por essa razão.

Os menos esclarecidos nesse aperfeiçoamento valem-se da convicção de que as nossas almas estão interligadas com aqueles que, de maneira ou outra, compartilham  momentos em nossas vidas.

É confortante admitir que, em algum momento, estiveram unidas. Quantas vidas feitas de encontros e desencontros já passaram? Impossível saber.

A esperança de que tenham em outras passagens convivido juntas e, sobretudo, se amado, é a grande incentivadora de que possam se reencontrar outra vez… outra… e mais algumas.

O afeto interliga as almas com tamanha intensidade que se tornam inseparáveis… para sempre. A maior prova são os reencontros nesta existência.

Os sentimentos brotam num encontro casual, num simples toque, num olhar ou numa palavra. Por vezes é inesperado e, na maioria das circunstâncias, tão incompreensível que gera dúvida e inquietação. Só há uma certeza… o coração bate mais forte, agita-se a cada lembrança e faz crescer a vontade de estar perto. Os olhos querem ver, constatar e crer!

Saber o que representaram em outras vidas, seria bom demais. Os que buscam e encontram respostas espirituais, geralmente acreditam. Mas, isso é uma conquista indivisível.

O desconhecido assusta. As experiências nesse item não são compartilhadas. O percurso é longo demais entre o querer e o saber, sobre uma realidade, que pode ter existido há milênios.

A viagem é longa e solitária! Em cada parada, ou seja, a cada reencontro, emoções, decepções, amor, prazer e desprazer se repetem… insistentemente. Será que há, nesse novo caminho, a possibilidade de aprender, de aperfeiçoar e de traçar outra trajetória, mais doce, mais amena e mais intensa?

A gratidão pelos rumos passados teria sido suficiente para chegar à permissão da chamada evolução?

As subidas e descidas são uma realidade, da qual não se escapa. As experiências compartilhadas no percurso são uma alavanca para atingir o que é destinado e preparar para os reencontros que acontecerão. Oxalá seja assim. Eu acredito que sim!

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