Beauty

< Voltar

Estética em detalhes

Por 28/12/2015

Com mais de 30 anos de profissão, Dr. José Márcio é um especialista como poucos. Preciosista e dedicado, transborda atenção a cada paciente que recebe, com uma equipe alinhada em atender de maneira cordial e simpática. Aqui ele nos conta alguns detalhes dessa trajetória. 

Dr. José Márcio

Quando você decidiu ser dentista?

Eu vim de uma família, por parte de pai, formada por advogados. A tendência era que eu seguisse a carreira, mas não tinha a menor vocação para escrever. Em contrapartida, realizava muitos trabalhos manuais com a minha mãe, que fazia artesanato. Como não havia televisão a cabo ou jogos eletrônicos, nem podíamos passar muito tempo na rua à noite, eu a ajudava a pintar. Ela me ensinou, inclusive, a bordar. Foi então que percebi que possuía habilidade manual, o que começou a dar um norte para a minha vida. Passei no vestibular de Odontologia, apesar de ter tentado também para medicina, e fiquei porque achei que naquilo eu poderia trabalhar. Em tese, o que me trouxe aqui foi a minha inabilidade para advogar, ainda que eu idolatrasse meu pai em relação à parte jurídica. Valorizei o que tinha de bom, que era a habilidade manual.

Dos diferenciais que você possui, é possível perceber logo no início o cuidado e a preocupação que existe com cada paciente que entra na sala. É um tratamento que vai além do profissional, é um ser humano olhando para outro ser humano, o que é muito importante, principalmente na área da saúde. Você acredita que essa habilidade se desenvolve ou é nata?

Acho que o profissional precisa nascer com isso. Por mais que você eduque e incentive a pessoa a cultivar essa habilidade dentro dela, ela pode não saber o quanto esse processo é importante para o outro lado. Eu gosto de gente. Se não gostasse, seria uma relação muito fria e comercial. Na hora que o paciente chega, eu preciso criar um vínculo e ele só acontece dessa forma, com doação. Nós precisamos do entendimento, do abraço do paciente, porque somos igualmente humanos e imprevistos, por exemplo, podem acontecer. Ao criar esse laço, compreendo melhor a humanidade do paciente e permito que ele compreenda a minha humanidade também.

Instituto Implante VidaDentro da graduação, nós temos as especializações. Quando você percebeu que queria trabalhar com estética?

Praticamente quando saí da faculdade.

Essa não era uma área ainda muito nova?

Quando terminei o curso, o carro-chefe da odontologia, financeiramente falando, era a ortodontia. Eram os profissionais mais bem sucedidos, mas nunca me vi colocando aparelho. Poderia ser algo no caminho, mas não exatamente isso. Como as aulas de pintura haviam me dado senso estético, minhas habilidades estavam relacionadas a desenhos, a arquiteturas. Resolvi seguir na dentística restauradora, uma disciplina da faculdade, onde fui monitor e, em seguida, estagiário, mas a recompensa financeira não era grande e eu tinha o objetivo de sustentar a mim e à minha família. Foi quando optei por uma disciplina nova no mercado: a implantodontia, que era uma maneira de reabilitar pessoas com problemas, por exemplo, de próteses totais, que realmente afetam o emocional. Vi a oportunidade de realizar alguma coisa diferente da maioria e com um cenário financeiro promissor, pois era uma especialidade que estava no início, enquanto as outras se encontravam saturadas.

E como foi a trajetória dentro a implantodontia?

Fui para a implantodontia e fiz minha estrada, com especialização e mestrado. Quando estabilizei a atividade como Instituto Implante Vida, minha perspectiva estética voltou a aflorar, graças às tecnologias que surgiram ao longo do tempo e viabilizaram uma odontologia baseada em fotos, scanner e diversos outros fatores. O momento é propício para isso, principalmente com as mudanças de paradigma em relação ao sorriso.

Você vislumbrava ter tudo o que tem hoje?

Não, mas quando você conhece o mundo, vê que ele é muito maior que Santos. Estive na Europa e nos Estados Unidos e voltei para casa com aquele sonho. Não me permito mais não ter o que há de melhor. Na minha vida é assim: eu queria ter uma estrutura, mas queria ter conteúdo. Antes de abrir o Instituto Implante Vida, construí minha formação. Já era professor internacional e conferencista, com títulos, quando resolvi montar o negócio.

A clínica existe há quantos anos?

Oito anos. Quando idealizei a clínica, queria que fosse diferente das que existiam na cidade. Ela tem padrão ISO 9001, que nenhuma outra clínica na região tem. É um selo internacional. Ele me ensinou a estruturar, organizar, introduzir equipamentos auferidos anualmente, processos que não aprendi na universidade e que se tornaram uma obrigatoriedade no Instituto. 

Instituto Implante Vida

Quais são os maiores problemas que um profissional de estética enfrenta?

Corresponder à expectativa do paciente e encontrar um bom parceiro. Eu preciso de um técnico de prótese, por exemplo, que tenha competência e leve tão a sério o trabalho dele quanto levo o meu, que seja tão perfeccionista quanto eu sou. Um bom resultado final depende dessa parceria. Felizmente, eu tenho esse time. E como atingir a expectativa do cliente, falando em estética? Com estudo, noções de fotografia, conhecimento da proporção áurea…

Você pode explicar melhor?

A partir do momento que fotografo um sorriso, começo a fazer uma análise de proporções, ou seja, avalio o comprimento e a largura específicos que o dente deve ter, de acordo com a proporção áurea. Essas medidas definem um padrão de beleza que provoca um encantamento sem que as pessoas percebam.  Eu não analiso o sorriso de maneira imediata. È necessário um estudo prévio com fotografia, moldagem, enceramento, de uma forma mais profissional. Isso permite que o paciente visualize o que estamos oferecendo, enquadrando a expectativa dentro de uma realidade.

Instituto Implante VidaA partir do momento que o paciente chega à clínica, qual é a sequência de procedimentos?

Primeiramente, fotografamos o paciente intra-oral e extra-oral, porque o tratamento se baseia na harmonização também com as linhas faciais. Depois disso, moldo e analiso a proporção, desenhando os dentes digitalmente dentro de um software. Ao concluir esse processo, encaminho meu planejamento digital para o técnico de prótese, que encera um molde de gesso baseado nas medidas que passei. Em seguida, apresento o enceramento para que o cliente avalie. Nessa etapa, podemos realizar um “test-drive”: copiamos o enceramento em uma borracha, aplicamos uma resina, colocamos na boca do paciente e retiramos os excessos. Cabe a mim, nesse momento, ler a reação da pessoa para que possamos chegar a um consenso e dar continuidade, sempre levando em consideração o aspecto humano e as emoções envolvidas. Após a aprovação, o laboratório prepara as cerâmicas para instalação.

Do primeiro ao último passo, o tratamento completo leva quanto tempo?

São quatro sessões: a primeira, planificação; a segunda, apresentação do projeto; a terceira, preparo; e a quarta, com a instalação. Entre a primeira e a segunda consulta, há um intervalo de duas semanas. Entre a segunda e a terceira, uma semana. Já entre a terceira e a quarta, duas semanas novamente. Aproximadamente, um mês e meio.

Economicamente falando, a reabilitação é acessível?

Eu costumo dizer que entrego para o paciente o que existe de melhor no mundo da odontologia. Em contrapartida, tentamos flexibilizar, pois o custo de uma estrutura como essa é realmente alto. Criamos meios para que ele possa realizar esse sonho, abraçamos a causa. Existe uma variação de valores que depende do grau de expectativa e da responsabilidade do sorriso, ou seja, de cada caso.

Quantos profissionais você possui na clínica atualmente?

Aproximadamente, 14 colaboradores, além de mim. Seis dentistas e oito administrativos.

Instituto Implante Vida

Dentre todas as atividades que você pratica, qual exige mais tempo?

Atualmente, me dedico bastante à clínica. Ela ocupa mais o meu tempo, porque o restante já se tornou parte da rotina.

E como você administra o conteúdo de tantos compromissos distintos? Eles não se misturam?

Acredito que esse seja um problema da implantodontia. É uma das coisas que mais falo em curso. O implantodontista é o “super” especialista, porque precisa do conhecimento cirúrgico, do estético, da prótese e da periodôntico. A especialidade abrange todas essas esferas. No passado, cada profissional era responsável por uma única etapa. O implantodontista precisa compreender todos os processos.

Quais são os procedimentos realizados na clínica e o que ela oferece para o paciente?

Temos ortodontia, periodontia, endodontia… Tudo. Só não trabalhamos com odontopediatria. Em Santos, é a única clínica com sistema radiológico próprio, ou seja, o paciente não precisa providenciar essa documentação em outro local, o que otimiza e melhora a qualidade do trabalho.  Temos um centro cirúrgico com energia independente, um laboratório de próteses agregado… Esse pacote me dá autossuficiência para integrar e entregar o melhor resultado final.

Instituto Implante Vida

Quais são os planos profissionais que você ainda pretende realizar?

Terminar o doutorado e ter um espaço maior destinado a cursos dentro da clínica.

E quais foram os planos profissionais já realizados?

Ah, eu tenho muito orgulho de ter construído o Instituto Implante Vida com esse conceito. Ele me dá muita satisfação. É quase uma teimosia ter uma estrutura desse tamanho, com essa qualidade, dentro do cenário brasileiro, onde o governo não dá nenhum incentivo para que você possa crescer. Ter essa estrutura era uma coisa inalcançável, mas que, com um time, conseguimos realizar. A clínica é boa porque o time que está dentro dela é formado por pessoas do bem, que se esforçam para atender da melhor forma possível.

Como é o líder José Márcio?

Nunca me imaginei como líder. Não sou aquele que prega, sou aquele que faz. Sou o líder do exemplo, aquele cara que pega a vassoura e limpa o chão para que as pessoas vejam como é importante ter um chão limpo. Sou humilde e paciente para que elas vejam que também podem ser. Mas tenho consciência de que o meu modo de lidar com os outros, com o grupo, me destacou dentro desse cenário.

Na minha profissão, eu odeio…

Talvez a necessidade ou a importância do dinheiro, porque é isso que nos impulsiona para frente. Acho que a parte financeira do negócio é o que eu menos gosto.

Na minha profissão, eu amo…

O paciente. Poder atender o ser humano, atender gente.

Da hora que o dia começa à hora que ele termina, o que dá mais prazer?

Atingir o objetivo final e ver a emoção do paciente, porque sabemos que não melhoramos só um sorriso, mas o paciente melhorou como ser humano, passou a se gostar mais. Ele entrar aqui de um jeito e sair melhor, mais feliz, é o que me motiva, não só no final do tratamento, mas todos os dias.

Quem é o José Márcio?

É um trabalhador, na essência da palavra. Um cara que trabalha muito, que tem os seus ideais, objetivos bem definidos, porque apesar de trabalhar e saber o quanto é importante a profissão, ele também sabe a importância da família. Se não fosse por eles, talvez não trabalhasse tanto quanto eu trabalho hoje, mas de forma que isso não atrapalhe a parte mais importante da minha casa, que são meus filhos e minha esposa. Eles são a minha motivação.

Clique aqui para conferir outras matérias e novidades de Saúde & Estética na Public LifeStyle!

Compartilhe:

Entre na lista V.I.P.

Conta para a gente seu e-mail e fique por dentro das novidades. Achados exclusivos, notícias antenadas, conteúdos exclusivos...