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A pneumonia não descansa no verão

Por 01/02/2014

O verão de 2014 está entre um dos mais quentes dos últimos anos. Com as temperaturas elevadas, muitos acreditam estar longe das infecções respiratórias, mas infelizmente não é assim. A pneumonia, por exemplo, é muito comum também no verão. A necessidade dos cuidados de prevenção continua, principalmente entre os grupos mais suscetíveis: idosos e crianças menores de cinco anos.

O pneumologista e professor livre docente de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Roberto Jardim, explica que o ar condicionado, tão utilizado no verão, ajuda a proliferar bactérias e fungos e por isso exige manutenção e limpeza constantes. “O uso do ar condicionado acaba trazendo mais infecções, além de ressecar as mucosas nasais, barreiras importantes para filtrar o ar inspirado”, diz.  Para amenizar a baixa umidade do ar, a recomendação do especialista é beber muita água.

Cerca de 1,6 milhão de mortes – a maioria em idosos e crianças menores de cinco anos – são causadas no mundo a cada ano por uma única bactéria, o pneumococo (Streptococcus pneumoniae), segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A mesma bactéria pode ser a causadora de um grupo de infecções conhecidas como doenças pneumocócicas (DPs), sendo a pneumonia a mais comum.

Dr. Jardim também explica que o consumo de bebidas geladas pode diminuir a resistência pulmonar, principalmente em idosos ou pessoas com a saúde debilitada. Com a resistência mais baixa, o risco da pneumonia é maior. “Alimentação adequada e atividade física são fundamentais para melhorar a resistência do organismo e, consequentemente, diminuir as infecções”, diz.

É preciso ficar atento aos sinais da pneumonia, alerta o médico. Em geral os sintomas são tosse e febre alta. Os idosos nem sempre apresentam estes sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico. “Negligenciar o quadro e desconhecer os sintomas podem trazer graves consequências. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir a pneumonia”.

Uma pesquisa mostrou que quase 9 em cada 10 brasileiros acima de 50 anos acreditam não correr risco de contrair pneumonia. O levantamento Perigo Ignorado: as doenças pneumocócicas e a maturidade, realizado com 504 entrevistados pela GfK HealthCare, a pedido da Pfizer, reforçou o desconhecimento a respeito da gravidade das infecções causadas pelo pneumococo no País. O estudo mostrou ainda que 71% dos adultos brasileiros com mais de 50 anos acreditam que as vacinas são uma parte importante da saúde preventiva e do envelhecimento saudável. No entanto, a taxa de vacinação do brasileiro maior de 50 anos contra as doenças pneumocócicas é baixa, apenas 21%.

Hoje já há vacinas pneumocócicas indicadas para crianças até seis anos incompletos e adultos acima de 50 anos, como a Prevenar 13, da Pfizer, para a prevenção de pneumonia e outras doenças pneumocócicas (DPs).  Prevenar 13 protege contra os sorotipos 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F, que estão entre os mais prevalentes em todo o mundo, incluindo o Brasil.

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